A medição de radiação térmica está associada a importantes resultados e desenvolvimentos no século XIX[1,2,3,4], dentre as quais, as descobertas da radiação infravermelho por Herschel em 1800 e do efeito termoelétrico por Seebeck em 1821, a construção do primeiro termopar por Nobili em 1829, e a invenção do "termomultiplicador" (a combinação de uma associação em série de termopares - a termopilha, e um galvanômetro astático) por Meloni em 1850, com o qual se obteve uma sensibilidade aproximadamente 40 vezes maior que a do melhor termômetro de vidro e coluna de líquido da época, o que veio a permitir a detecção da radiação térmica de um corpo humano a uma distância de cerca de 10 metros.
O termo bolômetro foi introduzido por Samuel P. Langley (1834–1906), associado a sua invenção de 1880[1,5,7], cuja idéia central consistia em se fazer uso de uma ponte de Wheatstone, em que dois braços eram duas fitas de folha de platina, colocadas lado a lado, de forma a estarem ambas colocadas num mesmo ambiente, e apenas uma delas exposta à fonte de radiação. Com seu bolômetro, Langley obteve uma sensibilidade consideravelmente maior que a das termopilhas da época, que tinham evoluído pouco desde os tempos de Meloni.
Atualmente Langley é especialmente lembrado por seu trabalho pioneiro do componente infravermelho da radiação solar e da medição da constante solar (intensidade média da radiação solar recebida pela atmosfera terrestre)[7].