A liquefação de gases foi um dos temas mais importantes da física do século XIX. O ponto de partida do trabalho de Wróblewski nesta área foi seu estágio na École Normale em Paris, no laboratório de Cailletet, cuja abordagem, para o propósito de se obter a liquefação, consistia em aplicar ao gás uma pressão extremamente elevada, seguida da expansão livre do mesmo. O arranjo experimental de Cailletet consistia essencialmente de dois aparatos, um compressor e um refrigerador. Tendo estudado a instrumentação de Cailletet e introduzido aperfeiçoamentos à mesma, Wróblewski, em associação com Olszewski, iniciou um programa próprio, no qual obteve resultados significativos (baixas temperaturas) para o oxigênio, nitrogênio e monóxido de carbono. Uma contextualização histórica dos trabalhos de Olszewski e Wróblewski pode ser encontrada no artigo de H. Kubbinga[1].
Poucos anos antes de falecer precocemente aos 43 anos, Wróblewski previu que o ar seria o gás refrigerante do futuro[2], com base no conceito de que, diferentemente de outros gases, o mesmo dispensa um preparo prévio, e também por ter na atmosfera uma fonte inesgotável.
Uma descrição detalhada do aparato de Wróblewski e Olszewski para a liquefação de gases (e também um pequeno histórico desses cientistas) pode ser encontrada no texto Liquid Air and the Liquefaction of Gases (1920), de T. O'Conor Sloan[2].