História

Heinrich Daniel Ruhmkorff foi um dos mais premiados fabricantes europeus de equipamentos de laboratório do século XIX, e a bobina de indução que leva o seu nome foi um dos equipamentos mais presentes nos laboratórios de ciência, de 1850 a 1920[1]. A invenção da primeira bobina de indução é atribuída tradicionalmente a Nicholas Callan (1836)[2], embora isto tenha sido objeto de questionamento[3]. Tipicamente uma bobina de indução apresenta dois enrolamentos (primário e secundário), ao redor de um núcleo ferromagnético. Alimentado por uma bateria, o primário tem a corrente através do mesmo interrompida, gerando uma força eletromotriz elevada no secundário. Embora não tenha sido seu inventor, a bobina de indução é associda ao nome de Ruhmkorff, que adicionou a seu projeto elementos desenvolvidos por outros[1,3] (como, por exemplo, o condensador de Fizeau e o disjuntor de Foucault). Um fato histórico relevante é que o crédido dado a Ruhmkorff (em 1857) pela comunidade científica francesa, por seu trabalho associado à bobina de indução, foi fortemente contestado por Charles Grafton Page[3], um inventor americano, que reinvindicou a autoria de alguns desenvolvimentos importantes como, por exemplo, o uso de um enrolamento secundário para a produção de uma alta tensão. No final do século XIX e início do século XX, as bobinas de indução tiveram com aplicação importante a excitação de tubos espectrais e de raios-X[4].

Bibliografia e Referências

1. Paolo Brenni, 19th Century French Scientific Instrument Makers IV: Heinrich Daniel Ruhmkorff (1803-1877),
Bulletin of the Scientific Instrument Society, No. 41, pp 4-8 (1994).

2. Thomas B. Greenslade, Jr., Instruments for Natural Philosophy, Kenyon College.
Veja, em particular, Induction Coils
(http://physics.kenyon.edu/EarlyApparatus/Electricity/Induction_Coil/Induction_Coil.html).

3. Charles Grafton Page,
The American Claim to the Induction Coil and its Electrostatic Developments (1867).

4. Ruhmkorff Coils em The Cathode Ray Tube site (crtsite.com).

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