A sirene acústica, inventada por Cagniard de la Tour em 1819[1,2], foi um dos instrumentos fundamentais do século XIX. Seu princípio de funcionamento consiste em fazer passar ar (oriundo de um fole) através dos orifícios dos discos, o que faz o disco superior girar (automaticamente, uma vez que os orifícios são perfurados de forma oblíqua) produzindo uma série de pulsos de pressão, interpretada por nosso ouvido como um tom musical. Este tom podia ser diminuido ou aumentado em função da velocidade de rotação do disco giratório.
Comumente a sirene era dotada de um contador (conectado ao eixo do disco giratório), que registrava o número de rotações desenvolvidas pelo disco. Multiplicando-se este número pelo número de orifícios no disco, obtinha-se então com precisão a frequência do tom produzido. Pela primeira vez foi possível criar tons com frequências específicas, bem como medir frequências de outros sons por comparação com a frequência registrada pela sirene.